A Paz do Senhor! Seja bem-vindo.
Lição 4: Amós — A justiça social como parte da adoração
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2012
Lição 5: Obadias — O princípio da
retribuição
Data: 4 de
Novembro de 2012
Comentarista: Esequias Soares
TEXTO ÁUREO
“Porque
o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se
fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça” (Ob 1.15).
VERDADE PRÁTICA
Obadias mostra
que a lei da semeadura e o princípio da retribuição constituem uma realidade da
qual ninguém escapará.~
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Obadias 1.1-4,15-18.
1 - Visão de
Obadias: Assim diz o Senhor JEOVÁ a respeito de Edom: Temos ouvido a pregação
do SENHOR, e foi enviado às nações um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e
levantemo-nos contra ela para a guerra.
2 - Eis que te fiz pequeno entre as nações; tu és mui
desprezado.
3 - A soberba do teu coração te enganou, como o que
habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem
me derribará em terra?
4 - Se te elevares como águia e puseres o teu ninho
entre as estrelas, dali te derribarei, diz o SENHOR.
15 - Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as
nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua
cabeça.
16 - Porque, como vós bebestes no monte da minha
santidade, assim beberão de contínuo todas as nações; beberão, e engolirão, e
serão como se nunca tivessem sido.
17 - Mas, no monte Sião, haverá livramento; e ele será
santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.
18 - E a casa de Jacó será fogo; e a casa de José,
chama; e a casa de Esaú, palha; e se acenderão contra eles e os consumirão; e
ninguém mais restará da casa de Esaú, porque o SENHOR o disse.
TÓPICOS QUE ESTUDAREMOS
I. A SOBERANIA DE DEUS
1. Conceito.
2.
Livre-arbítrio.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O livre-arbítrio não nega a soberania divina; pelo
contrário, a confirma.
II. O LIVRO DE OBADIAS
1. Contexto histórico.
2. Estrutura e mensagem.
3. Posição no Cânon.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Com apenas vinte e um versículos, Obadias é o
livro mais curto do Antigo Testamento.
III. EDOM, O PROFANO
1. Origem.
2. O Deus soberano.
3. Preparativos do assédio a Edom
4. O rebaixamento de Edom.
5. O orgulho leva à ruína.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A arrogância humana e a soberba espiritual
levaram os edomitas à ruína.
IV. A RETRIBUIÇÃO DIVINA
1. O princípio da retribuição.
2. O castigo de Edom.
3. Esaú e Jacó (v.18).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O princípio da retribuição acha-se na lei de
Moisés e se confirma no princípio da semeadura em o Novo Testamento.
SUBSÍDIOS:
Edom
significa vermelho e veio da cor do gusado que Esaú comeu quando trocou seu
direito de bênçãos de primogênito por um prato de lentilhas vermelhas com seu
irmão sabido, Jacó.
Gênesis
25:30 E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho,
porque estou cansado. Por isso se chamou Edom.
Obadias
é um livro pequeno, mas que apresenta uma grande verdade: Deus retribui as
ações arrogantes do homem no devido tempo. Não importa quanto tempo se passe
desde que ajamos de forma perversa com as pessoas que nos cercam: nossos atos
não ficam impunes diante de Deus.
Soberania
de Deus e livre-arbítrio são temas que geram conflitos e levam muitos a tomadas
de posições extremadas. Por conceder o livre-arbítrio ao homem, Deus deixa de
ser soberano? De maneira nenhuma! Isso só denota o seu poder em criar uma
pessoa que, sendo imagem e semelhança de Deus, decide seguir ou não o caminho
da Justiça. Mas é bem verdade que, nalgumas circunstâncias, o Eterno intervém
sem respeitar o arbítrio humano (Ml 1.2,3 cf. Rm 9.14-16). Há contradição
nisso? De forma alguma! O homem continua livre em seu arbítrio e Deus
eternamente soberano.
Edom
sentia-se livre do juízo de Deus por causa de seu monte-fortaleza, Petra.
Porém, não há lugar na terra onde Deus não possa julgar o seu orgulho (vv.
3,4).
Não
confie na sabedoria humana para enfrentar a vida; você precisa da sabedoria de
Deus (v. 8).
Deus
irá sempre julgar as suas atitudes erradas em relação a Ele e a outros. O mal
que você fizer a outras pessoas, lhe será, geralmente, retribuído da mesma
forma (v. 15).
Escola pública testa chip em uniformes para monitorar alunos no DF
Por meio de um chip fixado no uniforme, uma turma de 42 estudantes do primeiro ano do ensino médio tem suas entradas e saídas monitoradas no Centro de Ensino Médio (CEM) 414 de Samambaia, cidade do Distrito Federal (DF) localizada a cerca de 40 quilômetros da área central de Brasília. O projeto piloto, que começou a funcionar no dia 22 de outubro, manda mensagem por celular aos pais ou responsáveis pelos alunos, informando o horário de entrada e saída da escola.
A diretora do CEM 414, Remísia Tavares, disse à Agência Brasil que entrou em contato com uma empresa que implanta os chips nos uniformes depois de saber que o sistema funcionava em uma escola em Vitória da Conquista, na Bahia. Segundo ela, a medida foi tomada para aumentar a permanência dos alunos nas salas de aula. “Os professores dos últimos horários reclamam que muitos alunos costumam sair antes do término das aulas. Por mais que a escola tente manter o controle, eles dão um jeito de sair da escola”.
De acordo com a diretora, o monitoramento foi bem recebido pelos pais, aproximando-os da vida escolar de seus filhos. “Fizemos reuniões para saber a opinião dos pais a respeito do chip, e eles gostaram da ideia. Os pais se sentem mais tranquilos, sabendo exatamente a hora em que seus filhos entram e deixam a escola”, disse Remísia.
O representante da empresa que implantou os chips nos uniformes, Bruno Castro da Costa, explicou que o sistema funciona por meio de um sensor instalado na portaria principal do colégio, que lê as informações contidas no chip cadastrado.
“O sistema não altera a rotina dos estudantes. Eles entram normalmente na escola, os dados são passados para o computador e, 30 segundos depois, os pais são notificados. Uma mensagem é enviada quando o aluno entra na escola e outra no momento da saída. Apesar de ficar registrado também na direção do colégio, o sistema não substitui a chamada de presença em aula. Também estão sendo registradas as entregas de boletins ou outros eventos, e a direção pode utilizar o programa para encaminhar o recado ao celular cadastrado”, acrescentou Costa.
Charles de Oliveira, também representante da empresa responsável, disse que o sistema poderá futuramente otimizar o tempo de estudo nas salas de aulas. “Os professores perdem cerca de 20 minutos para realizar as chamadas durante as aulas. Futuramente, isso pode acabar, pois será registrada a presença automaticamente. Além disso, estamos estudando formas para que o sistema contribua também com os programas do governo, acelerando a divulgação de dados”.
Os estudantes Bárbara Coelho, 16 anos, e Jefferson Alves, 15 anos, não se incomodam com o monitoramento pelo chip. “Eu acho que é uma boa maneira de os nossos pais ficarem mais tranquilos e até confiar mais, sabendo que estamos na escola. Eu não me sinto inibida, pois sempre frequentei as aulas”, disse Bárbara. “Só quem tem costume de matar aula vai se incomodar, já que agora os pais vão ficar sabendo”, completou Jefferson.
No dia 13 de novembro, um relatório será enviado ao Conselho de Educação da escola e à Secretaria de Educação do Distrito Federal com os resultados da experiência. Caso o sistema seja aprovado, a fixação dos chips no CEM 414 deverá ser ampliada para os 1,8 mil alunos da instituição no próximo ano.
Assunto extraído do site: http://www.verdadegospel.com/escola-publica-testa-chip-em-uniformes-para-monitorar-alunos-no-df/
Atenção: acidente vascular cerebral é a doença que mais mata no país
O acidente vascular cerebral (AVC) é a doença que mais mata no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o número de mortes pelo AVC chega a quase 100 mil pessoas. Em 2000 foram 84.713 óbitos, passando para 99.726 em 2010.
É importante ressaltar os cuidados que devem ser adotados para a prevenção da doença: controle da pressão arterial, da taxa de glicose no sangue e do colesterol. Além disso, é necessário manter uma dieta balanceada, fazer exercícios físicos, não fumar nem ingerir bebidas alcoólicas.
A neurologista da Academia Brasileira de Neurologia, Gisele Sampaio, disse que se medidas saudáveis forem adotadas as chances de se ter um AVC ou qualquer outra doença relacionada aos fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol alto e tabagismo são mínimas. “Além de obter hábitos mais saudáveis, é importante fazer um companhamento médico regular. Caso os sintomas sejam identificados, procure um atendimento médico o mais rápido possível”, alertou.
Para diminuir a mortalidade e ampliar a assistência das vítimas do AVC, o Ministério da Saúde investirá até 2014 R$ 437 milhões no Sistema Único de Saúde (SUS). Desse total, R$ 370 milhões vão financiar leitos hospitalares. Também serão investidos recursos na incorporação e oferta do medicamento usados no tratamento. No Brasil, mais de 200 hospitais estão preparados para atender pacientes com AVC.
Assunto extraído do site: http://www.verdadegospel.com/cuidado-acidente-vascular-cerebral-e-a-doenca-que-mais-mata-no-pais/
Não votou? Você precisa se justificar em até 60 dias; vejam como.
Eleitores que
estiveram fora do domicílio eleitoral precisam justificar a ausência nas
eleições de segundo turno, que aconteceram neste domingo (28). Quem não votou precisa se dirigir a um dos cartórios eleitorais até 27 de
dezembro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou o formulário
de requerimento de justificativa eleitoral à disposição no site do tribunal.
Requerimento de Justificativa Eleitoral vejam no Site do (TSE)
O formulário é gratuito e também
pode ser retirado nos cartórios eleitorais.
Lição 4: Amós — A justiça social como parte da adoração
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2012
Título: Os
Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da
Igreja de Cristo
Comentarista: Esequias Soares
Lição 4: Amós
— A justiça social como parte da adoração
Data: 28
de Outubro de 2012
TEXTO ÁUREO
“Porque vos digo
que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum
entrares no Reino dos céus”(Mt 5.20).
VERDADE PRÁTICA
Justiça e retidão são elementos necessários e
imprescindíveis à verdadeira adoração a Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Amós 1.1; 2.6-8; 5.21-23.
Amós 1
1 - As
palavras de Amós, que estava entre os pastores de Tecoa, o que ele viu a
respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão,
filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.
Amós 2
6 - Assim diz
o SENHOR: Por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o
castigo, porque vendem o justo por dinheiro e o necessitado por um par de
sapatos.
7 - Suspirando
pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres, eles pervertem o caminho dos
mansos; e um homem e seu pai entram à mesma moça, para profanarem o meu santo
nome.
8 - E se
deitam junto a qualquer altar sobre roupas empenhadas e na casa de seus deuses
bebem o vinho dos que tinham multado.
Amós 5
21 - Aborreço,
desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias solenes não me dão nenhum
prazer,
22 - E, ainda
que me ofereçais holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei delas, nem
atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos.
23 - Afasta de
mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus
instrumentos.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
O nome Amós quer dizer “fardo” e Tecoa significa
“soar o chifre do carneiro”. Estas significações denotam a mensagem de
destruição ecoada no Reino do Norte. O profeta não exitara em denunciar a
corrupção do sistema político, jurídico, social e religioso de Israel. Amós
ainda teve de enfrentar uma franca oposição religiosa do sacerdote Amazias.
Este era alinhado à política de Jeroboão II. Em Amós aprendemos o quanto pode
ser nefasta a mistura da política com a religião. Ali, tínhamos um sacerdote,
“representante de Deus” dizendo sim para tudo o que o rei fazia. Mas lá, o
profeta “boieiro” dizia não! Era o Soberano dizendo “não” para aquela espúria
relação de poder.
Subsídio
Bibliológico
“O Quarteto do Período Áureo da Profecia Hebraica
O profeta Amós
exerceu o seu ministério ‘nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de
Jeroboão, filho de Joás, rei Israel’ (1.1). Isso mostra que ele viveu na mesma
época de Oseias e Isaías. Ele era de Tecoa, na Judeia, mas Deus o enviou para
profetizar em Samaria, no reino do Norte. Miqueias é também dessa época, mas
começou suas atividades um pouco depois dos três primeiros, pois Uzias não é
mencionado: ‘nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá’ (1.1).
Os profetas
Isaías, Miqueias, Amós e Oseias foram contemporâneos, o ministério de cada um
deles começou entre 760 e 735 a.C. [...] Ambos eram do Reino do Sul, capital
Jerusalém. Oseias e Amós exerceram seu ministério no reino do Norte, em
Samaria” (SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010,
p.116).
Subsídio Teológico
“DEUS E AS NAÇÕES
[...] Amós e
Miqueias têm muito mais a dizer sobre a relação das nações com Israel e o seu
Deus. Desde o início, ambos os livros deixam claro que a soberania do Senhor
não está limitada a Israel, mas se estende a todas as nações. Amós começa com
uma série de falas de julgamento contra as nações vizinhas de Israel (Am
1.3-2.3). Miqueias inicia com um retrato vívido da descida teofânica do Senhor
para julgar as nações (Mq 1.2-4). Para estes profetas, o Deus de Israel é
‘Senhor de toda a terra’ (cf. Mq 4.13), que controla a história e o destino das
nações (Am 9.7). De acordo com Amós 9.12, as nações ‘são chamadas’ pelo ‘nome’
do Senhor. A expressão aponta a propriedade e autoridade do Senhor sobre as
nações como deixa claro o uso constante em outros textos bíblicos (cf. 2 Sm
12.28; Is 4.1).
A palavra usada
nos oráculos de Amós 1 e 2 para caracterizar os pecados das nações diz respeito
ao ato de rebelião contra a autoridade soberana. Em outros textos bíblicos, o
termo é usado para referir-se a uma nação que se rebela contra a autoridade de
outra (cf. 2 Reis 1.1; 2 Reis 3.5,7). Judá (Am 2.4,5) e Israel (Am 2.6-16)
quebraram o concerto mosaico. Entretanto, por qual arranjo as nações
estrangeiras eram responsáveis diante de Deus? Entre os crimes alistados
incluem-se atrocidades em tempo de guerra, tráfico de escravos, quebra de
tratados e profanação de túmulos. Todos estes considerados juntos, pelo menos
em princípio, são violações do mandato de Deus dado para Noé ser frutífero,
multiplicar-se e mostrar respeito pelos membros da raça humana como portadores
da imagem divina (cf. Gn 9.1-7). É possível que Amós tivesse visto este
mandamento noético no plano de fundo de um tratado entre suserano e vassalo,
comparando o mandato às exigências ou estipulações de tratado. De modo
semelhante, Isaías interpretou o crime de carnificina cometido pelas nações (Is
26.21) como violação da ‘aliança eterna’ (Is 24.5; cf. Gn 9.16) que ocasionaria
uma maldição na terra inteira (cf. Is 24.6-13). A seca, um tema comum nas
bíblicas e antigas listas de maldição mundial (cf. Is 24.4,7-9). No título da
sua série de oráculos de julgamento, Amós também disse que o julgamento do
Senhor ocasionaria seca (Am 1.2). Pelo visto, a seca compendiava as maldições
que vinham sobre as nações por rebelião contra o Suserano” (ZUCK, R. B.Teologia
do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009, p.446).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Amós: A justiça
social como parte da adoração
Amós viveu dias de
grande prosperidade no Reino do Norte, na época, governado por Jeroboão II.
Esse rei obteve muitas vitórias contra seus vizinhos hostis, e com isso, obteve
o controle das rotas comerciais que levavam a Sumária, a capital de Israel. “A
terra era fértil, as chuvas caíam regularmente e os silos estavam abarrotados
de grãos. Nesses anos dourados, foram erguidos majestosos prédios públicos, os
ricos construíam espaçosas residências próximas aos centros litúrgicos
populares... Todavia, por trás da superfície brilhante da sociedade,
escondiam-se tragédias terríveis” (Guia do leitor da Bíblia, CPAD,
pg.536). Os fazendeiros eram desalojados de suas terras, que passaram a
integrar o patrimônio dos ricos. Os mercadores oprimiam os pobres usando pesos
e medidas diferentes na compra de cereais, e muitas pessoas tinham de vender
seus próprios filhos para que se tornassem escravos. Era um cenário que
atrairia a ira divina.
Amós inicia seu ministério profético
nesse cenário, trazendo palavras duras contra a injustiça social em seus dias. Para aqueles que pensam que os profetas eram apenas preditivos, é
preciso atentar para o fato de que eles também denunciaram o pecado do povo
quando os mais ricos tornaram-se injustos para com os pobres. Deus não está distante das
práticas sociais de seus filhos, e não se agrada quando seu próprio povo deixa
de aplicar a misericórdia para agirem como mercenários. Deus se importa com a
justiça social sim, pois de nada adianta uma pessoa dizer que serve a Deus e
praticar coisas indevidas para um servo de Deus, como mal tratamento de seus
irmãos ou o descaso para com as necessidades deles. Não há dualidade na vida
cristã, ou seja, um crente não pode ser uma pessoa na igreja e outra fora da
igreja. Ele deve ser a mesma pessoa em todas as ocasiões. Ao lermos Amós,
precisamos decidir se manteremos uma postura de arrogância e distanciamento
daqueles que precisam de nossa ajuda. Nas mansões luxuosas, “as mulheres
reclinavam-se em divãs incrustados de marfim, degustando carnes e bebendo taças
de vinhos exóticos... A elas competia andar na moda. O preço que pagavam por um
par de sandálias era um verdadeiro desrespeito à dignidade humana, pois podia
salvar um carente forçado a se vender à escravidão para liquidar débitos de
agiotagem de algum credor abastado”. Foi em dias como esses que Deus usou Amós
para advertir os mais abastados de suas práticas inconvenientes.
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
·
Dissertar a
respeito da vida pessoal de Amós e a estrutura do livro.
·
Saber que a
justiça social é um empreendimento bíblico.
·
Apontar a política
e a justiça social como elementos de adoração a Deus.
POLÍTICA E JUSTIÇA
SOCIAL EM AMÓS
POLÍTICA
Queremos dizer
sobre política “o conjunto de práticas relativo a uma sociedade”. Pois as
relações humanas numa sociedade são estabelecidas de acordo com decisões
políticas tomadas por representantes dela (Am 7.10-14).
JUSTIÇA SOCIAL
Justiça social é o
conjunto de ações sociais, destinado a suprimir as injustiças de todos os
níveis, reduzindo a desigualdade e a pobreza, erradicando o analfabetismo e o
desemprego, etc (Am 8.4-8).
Palavra Chave
Adoração: Rendição a Deus em
todas as esferas da vida.
introdução
Amós inicia seu livro fazendo uma alusão ao castigo que viria
sobre várias nações. Nesta lista estavam as nações de Judá e Israel. Isto nos
mostra que Deus trata a todos de igual
modo. Jeová é um Deus de justiça, que não faz acepção de pessoas (Dt 10.17; At
10.34).
O livro de Amós
permanece atual e abrange diversos aspectos da vida social, política e
religiosa do povo de Deus. O profeta combateu a idolatria, denunciou as
injustiças sociais, condenou a violência, profetizou o castigo para os
pecadores contumazes e também falou sobre o futuro glorioso de Israel. Amós é
conhecido como o livro da justiça de Deus e mostra aos religiosos a necessidade
de se incluir na adoração dois elementos importantes e há muito esquecidos: justiça
e retidão.
I. O LIVRO DE AMÓS
1. Contexto
histórico. Amós era originário de Tecoa, aldeia situada a 17
quilômetros ao sul de Jerusalém e exerceu o seu ministério durante os reinados
de Uzias, rei de Judá, e de Jeroboão II, filho de Joás, rei de Israel (1.1;
7.10). Foi, de acordo com a tradição judaico-cristã, contemporâneo de Oseias,
Jonas, Isaías e Miqueias, no período assírio.
2. Vida pessoal. Apesar de ser apenas um
camponês de Judá, “boieiro e cultivador de sicômoros” (7.14) e de não fazer
parte da escola dos profetas, foi enviado por Deus a profetizar em Betel,
centro religioso do Reino do Norte (4.4). Ali, Amós enfrentou forte oposição do
sacerdote Amazias, alinhado politicamente ao rei Jeroboão II (7.10-16).
Todo o sistema
político, religioso, social e jurídico do Reino de Israel estava contaminado.
Foi esse o quadro que Amós encontrou nas dez tribos do Norte. O profeta tornou
pública a indignação de Jeová contra os abusos dos ricos, que esmagavam os
pobres. Ele levantou-se também contra as injustiças sociais e contra toda a
sorte de desonestidade que pervertia o direito das viúvas, dos órfãos e dos
necessitados (2.6-8; 5.10-12; 8.4-6). No cardápio da iniquidade, estavam
incluídos ainda o luxo extravagante, a prostituição e a idolatria (2.7; 5.12;
6.1-3).
3. Estrutura e
mensagem. O livro se divide em duas partes principais. A
primeira consiste nos oráculos que vieram pela palavra (1-6) e a segunda, nas
visões (7-9). O discurso de Amós é um ataque direto às instituições de Israel,
confrontando os males que assolavam os fundamentos sociais, morais e espirituais
da nação.
O assunto do livro
é a justiça de Deus. O discurso fundamenta-se em denúncias e ameaças de
castigo, terminando com a restauração futura de Israel (9.11-15). Ele é citado
em o Novo Testamento (Am 5.25,26 cp. At 7.42,43; 9.11,12 cp. At 15.16-18).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O
livro do profeta Amós pode ser dividido em duas partes principais: oráculos
provenientes pela palavra (1-6) e pelas visões (7-9).
II. POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL
1. Mau governo. Infelizmente, alguns líderes,
como Saul e Jeroboão I, filho de Nebate, causaram a ruína do povo escolhido (1
Cr 10.13,14; 1 Rs 13.33,34). Amós encontrou um desses maus políticos no Reino
do Norte (7.10-14). Oseias, seu colega de ministério, também denunciou esses
males com tenacidade e veemência (Os 5.1; 7.5-7).
2. A justiça
social. É nossa responsabilidade pessoal lutar por uma
sociedade mais justa. Tal senso de justiça expressa o pensamento da lei e dos
profetas e é parte do grande mandamento da fé cristã (Mt 22.35-40). Amós foi o
único profeta do Reino do Norte a bradar energicamente contra as injustiças
sociais, ao passo que, em Judá, mensagem de igual teor aparece por intermédio
de Isaías, Miqueias e Sofonias.
3. O pecado. A expressão: “Por três
transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo” (2.6) refere-se
não à numeração matemática, mas é máxima comum na literatura semítica (veja
fraseologia similar em Jó 5.19; 33.29; Ec 11.2; Mq 5.5,6). Nesse texto,
significa que a medida da iniquidade está cheia e não há como suspender a ira
divina.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O
senso de justiça cristã expressa o pensamento da lei e dos profetas que, por
sua vez, é parte do grande mandamento de Jesus Cristo.
III. INJUSTIÇAS SOCIAIS
1. Decadência
social (2.6). Amós condena o preconceito e a indiferença dos mais
abastados no trato aos carentes do povo, que vêem seus direitos serem violados
(2.7; 4.1; 5.11; 8.4,6). Vender os próprios irmãos pobres por um par de
sandálias é algo chocante. Tal ato, que atenta contra a dignidade humana,
demonstra a situação de desprezo dos poderosos em relação aos menos
favorecidos. Uma vez que as autoridades e os poderosos aceitavam subornos para
torcer a justiça contra os pobres, o profeta denuncia esse pecado mais de uma
vez (8.4-6).
2. Decadência
moral. A prostituição cultual era outra prática chocante
de Israel e mostra a decadência moral e espiritual da nação: “Um homem e seu
pai coabitam com a mesma jovem e, assim, profanam o meu santo nome” (2.7 —
ARA). O pior é que tal prostituição era financiada com o dinheiro sujo da
opressão que os maiorais infligiam ao povo (2.7,8).
3. Decadência
religiosa. O profeta denuncia a violação da lei do penhor que
ninguém mais respeitava (Êx 22.26,27; Dt 24.6,17). A acusação não se restringe
à crueldade e à apropriação indébita, mas também a prática do culto pagão,
visto que a expressão “qualquer altar” (2.8) não pode ser no templo de Jeová, e
sim no de um ídolo. Amós encerra a denúncia a essa série de pecados, condenando
a idolatria, a cobrança indevida de taxas e a malversação dos impostos no culto
pagão e nos banquetes em honra aos deuses.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
As
injustiças sociais no livro de Amós são representadas pelas decadências social,
moral e religiosa.
IV. A VERDADEIRA ADORAÇÃO
1. Adoração sem
conversão. A despeito de sua baixa condição moral e
espiritual, o povo continuava a oferecer o seu culto a Jeová sem refletir e com
as mãos sujas de injustiças. Comportando-se assim, tanto Israel como Judá,
reproduziam o pensamento pagão, segundo o qual sacrifícios e libações são
suficientes para aplacar a irados deuses. Entretanto, Deus declara não ter
prazer algum nas festas religiosas que os israelitas promoviam (5.21; Jr 6.20).
2. O significado
dos sacrifícios. Expressar a consagração do ofertante a Deus era uma
das marcas dos sacrifícios. E Amós menciona dois: “ofertas de manjares” e
“ofertas pacíficas” (5.22). As ofertas de manjares não eram sacrifícios de
animais. Tratava-se de algo diferente, que incluía flor de farinha, pães asmos e
espigas tostadas, representando a consagração dos frutos dos labores humanos a
Deus (Lv 2.14-16). Já as ofertas pacíficas eram completamente voluntárias e
tinham uma marca distintiva, pois o próprio ofertante podia comer parte do
animal sacrificado (Lv 7.11-21).
3. Os cânticos. Os cânticos faziam parte das
assembleias solenes (5.23). No entanto, eles perdem o valor espiritual quando
não há arrependimento sincero. A verdadeira adoração, porém, não consiste em
rituais externos ou em cerimônias formais. O genuíno sacrifício para Deus é o
espírito quebrantado e o coração contrito (Sl 51.17). Há um número muito grande
e variado de palavras hebraicas e gregas para descrever a adoração e o ato de
adorar. Contudo, a ideia principal de todas é de devoção reverente, serviço
sagrado e honra a Deus, tanto de maneira pública como individual.
Em suma, Deus
exige de seu povo verdadeira adoração.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A verdadeira
adoração não consiste em rituais externos ou em cerimônias litúrgicas, mas no
espírito quebrantado e num coração contrito.
CONCLUSÃO
A adoração ao
verdadeiro Deus, nas suas várias formas, requer santidade e coração puro.
Trata-se de uma comunhão vertical com Deus, e horizontal, com o próximo (Mc
12.28-33). Essa mensagem alerta-nos sobre o dever cristão de não nos
esquecermos dos pobres e necessitados e também sobre a responsabilidade de
combatermos as injustiças, como fizeram Amós e os demais profetas.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e
Cultural. 1 ed., RJ: CPAD,
2010.
SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.
EXERCÍCIOS
1. Qual o discurso do livro de
Amós?
R. Um ataque direto às
instituições de Israel, confrontando os males que assolavam os fundamentos
sociais, morais e espirituais da nação.
2. Qual a nossa responsabilidade
pessoal?
R. É nossa responsabilidade
pessoal lutar por uma sociedade mais justa.
3. O que significa a expressão
“por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo”?
R. Significa que a medida da
iniquidade está cheia e não há como suspender a ira divina.
4. Quais as três decadências nos
dias de Amós?
R. Social, moral e religiosa.
5. Qual o verdadeiro sacrifício
para Deus?
R. É o espírito quebrantado e o
coração contrito.
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